“Desvario teu, confesso que gosto
da tez quando roça na grama fria e que fechar os olhos é a maneira mais sincera
de teletransporte... Há coisas gastas, perfumes estranhos e palavras soltas que
não me entristecem, mas que também não fazem cócegas”. Toda essa gente desperta
meu bocejo quase eterno, essa falta do que falar, certas faixas inúteis, gente
que cantarola coisa tola, mais tola até do que as que eu escuto, para passar
melhor. Li num canto que as artes são o pior tipo de alienação, nunca mais pude
esquecer aquilo... acho interessante, por exemplo, ver-te preso (ou presa) a esta
medíocre parte de mim, porque é certo que sentirás prazer em apreciar ou em apedrejar-me,
mas se já não causo nada, que bom, é sinal de que já estás pior do que aqueles
que ainda sentem alguma coisa.