domingo, 5 de junho de 2011

Supernova

    O doce, o nada, tudo. Nós dois de vontade, confiança, leveza e imperfeição... Ah, quanto orgulho da nossa solidez, quanto apreço pela parte mineral que nos cabe, por nossa fé, por nosso entardecer sem causa. A cabeça no colo, o cheiro bom, lembranças mil e nada nosso, tudo dos outros sem mim, porque eu sou de nós dois e serei sem limites, sem cogitações infames e incertas... Eu sou e vou. Da tua boca, meu relógio sem minuto, dizendo só o básico: “Eu vou te esperar, o tempo que quiser.” De minha boca o sorriso maximizado, certo... Tão certo quanto meu derramar de alegria, surto sem nexo de positividade... Mas bom, bom e bom, sem duvidar. Você lunático visando nosso futuro promissor sob o sol de férias esperadas, ah que lindos planos! E quanto aos nossos panos? Vamos descosturar, rasgar, pôr fogo em tudo o que for nosso por direito de posse dupla, coletiva, entranhada na pele de vencedores ativos, que não adormecem em noites de lua travestida... Esses somos nós, os mesmos do coração elétrico, aquele que continua bombando sangue quente, jovem, de poder.