quarta-feira, 24 de abril de 2013

sobre a verdade

     Eu gosto deles quando me rompem a pele interna e o pensamento todo, quando me tragam o coração e depois escarram palavras pífias de se dizer o verbo no infinitivo. "O desconhecido não se conjugará." Amo quando me destratam como mais uma e são gentis até à beira da última gota de saliva permeada na hora da morte alucinógena, meu desalento. Descubro por que amo: não me fazem sofrer... não hei de sofrer por eles! E se num período taciturno de tempo chegar a tal estágio, trocar todos os sentidos dessa vã declaração panfletária, parto para amá-las, mas em que pese tal conduta, caí em contradição, de forma que as mulheres, meu bem, elas são feito eu, cheias de profundidade, olhar manso e descompassado, mas plenas, descaradas, convictas de que nem mesmo uma outra um dia as conhecerá.