quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

retina

    Não sei morrer de saudades e esta boca ao teu ouvido nunca mais foi feito pluma, cada percurso promíscuo agora me cansa, tenho raiva e argumentos enfadonhos. Também não sei quanto me custa a má vontade em carregar as compras ou atravessar os mesmos braços nos de outro alguém, alguém este que até pintado de bossa nova e frequentador assíduo dos sebos, dos becos mais escuros da cidade, também faz acender meu bocejo infinito, alguém este que não existe e nem volto a encontrar, então descarto. E de deleite em todo esse marasmo, há uma mosca que perturba desde as três e que com certeza não vai embora.... Observo através da cegueira e sussurro perto dela: tudo bem se ter preguiça em ser triste ou feliz, mas nunca vi gostar de se viver mais ou menos.