terça-feira, 11 de setembro de 2012

bordô

    Ah, quantas vezes me fiz de planta ao pé do móvel e desci a roupa, me escrevendo na tua pele, de receio em receio, perdendo a mão que cortei semana passada e que agora descansa sobre a perna esquerda, enquanto os olhares que tenho vão vendo teu nome manchar meu sono, minha boca absorta na roda.... Os olhares que tenho ainda são de você e por isso silenciosos, meio fatigados... e por isso crus, de mulher... não, não são olhares. E cansada de viver ao pé do móvel, te direi o que são, assim, ao pé do ouvido e já te adianto: são de chorar.