sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Do canto da boca já pra saltar

      As aventuras, todas vãs, com aspecto de roupa nova já rasgada, mas seus olhos, frios. O bulbo faz o palpite gritar de tanta agonia, acho que você ainda é capaz de arriscar sapatos na pista ou copos nas mãos, isso nem é tão saudável, mas você já deve saber o quanto fica bonita com a cara borrada, dizendo palavras tolas a caras mais desnecessárias ainda, não tenho pena da idade que te persegue, mas do que ela não ousou fazer por você... Convenhamos que deve ser um tanto desgostoso carregar o saudosismo daquilo que não se experimentou. Ele gostava de te ver despida, assim mesmo, sem vergonha do lixo que seu coração ainda produz, é realmente engraçado, mas daí pra brindar é só se permitir mais um pouquinho, não na dose certa, na errada mesmo, ou melhor, faz um favor impagável, volta pra casa. Lembra o quão era adorável ver um lugar habitado no sofá ao chegar? Lembra do que o sofá já presenciou? Acho que talvez, mas o sofá não te reconhece mais, estranho ou aceitável? Eu diria previsível, quando ele fez as malas você trocou a estampa. É pra rir, é pra rir demais de quem se arrepende daquilo que provoca, é pra rir sem dó, piedade ou qualquer tipo de manifestação que torne clara sua pena ou disparo de gentileza, é pra chorar de rir e depois chorar de rir de novo e depois só pra chorar, por saber que você também um dia já se arrependeu, mas quando essa hora chegar chore de rir de você, aí aproveite e chame qualquer um que passar na rua pra rir junto ou fica rindo só mesmo daquele momentinho em que ele não quis atravessar, mas depois quis voltar atrás e que bateu de cara num poste... Eu sei que você quer rir agora, ah vamos lá! Não se prive do riso, hum? Cuidado pra não se arrepender!