Não temos registros concretos da nossa felicidade, me saro sem precisar de métodos que me façam desfrutar do efeito placebo. Eu abri seu coração, dancei na sua alma e dentro de uma pequena parcela de corpo eu me aconchego, faço dos teus braços uma bola bem moldada de algodão agridoce, hora tua fala faz meu tempo palpitar, hora o tempo faz você palpitar sobre mim e minhas indelicadezas defensivas. Não o quero como quem quer o infinito, quero-te como quero as coisas simples, sem me preocupar como uma cabeça a imaginar o que há depois do vácuo, quero porque querer é eufemismo pronto para encobrir amores próprios que no fundo sentem vergonha ao dizerem: minha vida é sua! E tenho dado-lhe minhas mãos, promessas e votos vivos, postas chamas dum tempo em que não precisaremos ir em direção contrária por obrigação, tenho feito bonito pra te ver sorrir e achar graça do meu ar, te espero por compreensão, te espero por temer o medo e por ser humanamente apaixonada pelo jeito do destino, te espero por deduzir precocemente que a unidade é somente a agregação de nós dois, mesmo sem saber o que é terreno ou o que é divino, talvez só haja o nosso celeste, meu Amor.