sábado, 12 de novembro de 2011

Eu me lembro de você de lágrimas

    Não temos registros concretos da nossa felicidade, me saro sem precisar de métodos que me façam desfrutar do efeito placebo. Eu abri seu coração, dancei na sua alma e dentro de uma pequena parcela de corpo eu me aconchego, faço dos teus braços uma bola bem moldada de algodão agridoce, hora tua fala faz meu tempo palpitar, hora o tempo faz você palpitar sobre mim e minhas indelicadezas defensivas. Não o quero como quem quer o infinito, quero-te como quero as coisas simples, sem me preocupar como uma cabeça a imaginar o que há depois do vácuo, quero porque querer é eufemismo pronto para encobrir amores próprios que no fundo sentem vergonha ao dizerem: minha vida é sua! E tenho dado-lhe minhas mãos, promessas e votos vivos, postas chamas dum tempo em que não precisaremos ir em direção contrária por obrigação, tenho feito bonito pra te ver sorrir e achar graça do meu ar, te espero por compreensão, te espero por temer o medo e por ser humanamente apaixonada pelo jeito do destino, te espero por deduzir precocemente que a unidade é somente a agregação de nós dois, mesmo sem saber o que é terreno ou o que é divino, talvez só haja o nosso celeste, meu Amor.